terça-feira, 27 de novembro de 2018

Tesauro Brasileiro de RPG (em processo)


UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO
ESCOLA DE COMUNICAÇÕES E ARTES
DEPARTAMENTO DE INFORMAÇÃO E CULTURA

CAIO LONGO MACHADO DE ALMEIDA
FERNANDO MIRANDA AZAMBUJA
São Paulo/2018

TESAURO BRASILEIRO DE RPG

Trabalho apresentado à Escola de Comunicação e Artes como trabalho final da disciplina Linguagens Documentárias II ministrada pela Profa. Dra. Marilda Lopes Ginez de Lara.

AGRADECIMENTOS

Ao Luiz Falcão pelas indicações certeiras e pelo trabalho incrível que realiza com larps.
Aos participantes dos grupos Estudos sobre RPG e Indie RPG pelas indicações e discussões, em especial ao Arthur de Martino que pacientemente suportou nossas muitas indagações.
Ao Luciano Bastos pelas muitas conversas, reflexões e risadas (igualmente importantes).
A todos os colegas de curso que já não suportam mais a insistência na temática dos jogos.
Aos colegas de jogos, companheiros de aventuras de madrugadas sofridas.

SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO
        1.1 Definição de RPG
        1.2 Tesauros
        1.3 Metodologia
2 RELATÓRIO ESTRUTURAL
3 RELATÓRIO ALFABÉTICO
REFERÊNCIAS


1 INTRODUÇÃO


Surgidos em 1974 com a publicação de Dungeons & Dragons, os jogos de RPG vivem um momento de renovado interesse pelo hobby como há muito não se via. Novos jogadores convergem para a prática desse tipo diferente de jogo enquanto jogadores antigos que há muito haviam parado de jogar voltam à prática muitas vezes facilitada pelas novas tecnologias que assim o permitem.

Desde seu surgimento, o RPG sofreu grandes inovações, reestruturações e lançamentos de uma infinidade de produtos. Influenciou gerações de indivíduos em suas formações sociais, psicológicas, culturais e profissionais apesar de, em geral, não alcançar o agrado de um público mais amplo. Particularmente, nas primeiras décadas desde sua criação, o jogo foi alvo de preconceitos nos EUA, seu país de criação, onde seus participantes eram taxados de NERDs. O fato de que pessoas mal informadas ou mal intencionadas se utilizaram do jogo como justificativa de crimes e acontecimentos infelizes só fez com que a má publicidade se propagasse.

No entanto, apesar das adversidades, os jogadores continuaram sua prática. Não apenas para se defender, mas também para tentar entender a complexa dinâmica desse novo fenômeno que crescia, estudos começaram a surgir sobre o tema.

Com algum atraso, os jogos de RPG chegam a terras brasileiras na década de 90 onde ganham grande número de adeptos e o interesse de um novo mercado editorial. Alguns dos principais títulos importados são traduzidos e alguns nacionais são lançados além de periódicos que alimentavam a massa de consumidores com notícias em uma época em que acesso a internet não era uma realidade para todos.

Considerando o fenômeno nacional, não tardou que surgissem também estudos brasileiros. Afirmando o caráter interdisciplinar (DETERDING; ZAGAL, 2018, p. 12) da atividade, acadêmicos das mais diversas áreas como Psicologia, Design, História, Pedagogia etc. têm produzido trabalhos sobre o tema. Contudo, diferente de outras áreas do conhecimento que já possuem uma base estruturada de estudos, os jogos de RPG ainda estão no processo de construção dessa base de produção acadêmica. Iniciativas como o grupo de pesquisa Narrativas da Imaginação e sua publicação científica Mais Dados além de grupos de discussão online sobre Jogos de RPG Indie são bons indícios de que há pessoas interessadas em refletir e desenvolver o assunto.

Particularmente, tanto no exterior quanto no território nacional, nota-se uma linha de pesquisa que atrai cada vez mais atenção: o uso dos jogos de RPG como ferramenta pedagógica. Seguindo essa linha, diversos profissionais têm relatado experiências positivas com a aplicação do RPG na educação.

Considerando esse contexto de uma produção científica cada vez maior na área e um crescente interesse pelo jogo, sente-se a necessidade de elementos que alicercem o diálogo acerca do assunto. Em particular, há a carência de uma base terminológica e conceitual que sirva de referência.

O objetivo deste trabalho é não somente a produção de um tesauro em si com os relacionamentos pertinentes entre os termos, mas também agregar a função de glossário com a conceituação (e, por vezes, uma breve justificativa) de termos da área. De forma alguma se pretende esgotar o assunto, mas antes servir de base para possíveis discussões de estudiosos e, indo além, servir como elemento explicativo para pessoas leigas no assunto.

1.1 Definição de RPG


A sigla RPG vem do inglês e significa Role-Playing Game. Popularmente, adotou-se a livre tradução de “Jogo de Interpretação de Papéis”. Alguns autores defendem o uso de “Representação” e esse é apenas um dos muitos pontos de discussão que permeiam o termo. É interessante destacar que, mesmo no idioma original, não existe um consenso sobre sua grafia. Assim, é possível encontrar “Role Playing Game”, “Roleplaying Game”. Tal como como muitos outros pontos, este trabalho adota a primeira opção apresentada em consonância com seu principal material de referência, o livro Role-Playing Game Studies: transmedia foundations de Sebastian Deterding e José Zagal (2018).

No entanto, a explicação da construção do termo não dá a dimensão exata do que é e como se dá o jogo. Segue uma rápida explicação de Christopher Kastensmidt: (2017, p. 12)

Ao participar de uma sessão de interpretação de papéis, um mesmo do grupo atua como mediador (a) (muitas vezes chamado de “mestre”), e os demais como participantes, representando personagens do mundo. O mediador narra a aventura para os outros, descrevendo cada situação que os personagens enfrentam enquanto os participantes fazem seus papéis, descrevendo como seu personagem reage a cada situação. Um sistema de interpretação de papéis, como o apresentado nesse livro, oferece uma estrutura para essas interações na forma de regras. Estas regras estabelecem limites ao que os personagens podem fazer dentro do mundo ficcional.

No entanto, a explicação acima dá apenas uma visão parcial do fenômeno que pode ser conhecido por “RPG”. Embora a maioria dos casos utilize, existem alguns raros exemplos de jogos sem a figura do mediador, por exemplo. Além disso, o trecho trata de uma especificidade de fenômeno que são os RPGs de mesa, ignorando as características relacionadas a outras manifestações do jogo. Tal abordagem é compreensível uma vez esse forma, o RPG de mesa, foi a primeira a ser entendida e associada ao termo RPG. Principalmente para os praticantes mais antigos, o entendimento do que é RPG confunde-se com essa especificidade. Porém, por conta dos desenvolvimentos técnicos e conceituais que ocorreram com o passar dos anos, cabe uma reavaliação para um entendimento mais amplo da questão. Para isso, serão utilizados alguns pontos da abordagem de Deterding e Zagal (2018).

Segundo os autores, o RPG em seu sentido mais abrangente compreende a interseção de quatro fenômenos: diversão, jogos, papéis e mídia cultural1. A partir desses quatro elementos, identificou-se 4 formas popularmente conhecidas do jogo:

1) TRPG – Tabletop role-playing game (RPG de mesa)
Essa seria a forma mais tradicional e comumente associada ao termo RPG. Jogadores geralmente se reúnem em um local adequado e interpretam seus personagens verbalmente, declarando suas ações e reações à história sendo narrada pelos outros jogadores ou pela figura de um mediador.

2) LARP – Live-action role-playing (Jogo de Interpretação ao vivo)
Uma forma de jogo onde os participantes manifestam a interpretação de seus personagens não mais apenas verbalmente, mas fisicalizam suas ações dentro de limites pré-estabelecidos. Vale ressaltar que, embora o termo tenha surgido enquanto sigla, comumente adotou-se o termo larp em letras minúsculas como substantivo (ou verbo, no caso da língua inglesa).

3) CRPG – Computer role-playing game (RPG de computador)
Tão logo os jogos de RPG surgiram, tentativas de transposição para o meio eletrônico da experiência de jogo foram almejadas. Em parte, esse desejo emergiu de algumas questões relacionadas ao RPG de mesa:
- A dificuldade com que alguns praticantes se depararam em encontrar outras pessoas interessadas ou com disponibilidade para jogar;
- O desejo de não ter que lidar com os elementos quantitativo/probabilísticos do jogo;
- A possibilidade, principalmente em tempos mais recentes com tecnologia mais apurada, de uma representação gráfica dos elementos do jogo;
Como característica fundamental dessa forma, existe a figura da máquina como mediadora da experiência do usuário, ficando a cargo dela devolver ao jogador a resposta a suas ações. A principal desvantagem, porém, é que o jogador está limitado às opções pré-programadas no software, não havendo a liberdade criativa existente em outros formatos.
Cabe ressaltar que o uso da palavra “computador” é usado genericamente para designar não apenas computadores pessoais mas também videogames e até mesmo aparelhos móveis capazes de executar as aplicações necessárias.

4) MORPG – Multiplayer online role-playing game (RPG online multijogador)
Uma vez que a experiência mediada pela máquina se consolidou, buscou-se novamente o caráter social do jogo. Desde cedo, jogos simples com interfaces gráficas pouco desenvolvidas foram desenvolvidos e jogados em redes universitárias dos EUA. Por volta do ano 2000, com a evolução da internet em alta velocidade, as chamadas bandas largas e a evolução do hardware dos computadores, foi possível a criação de jogos graficamente mais sofisticados e com potencial para reunir uma quantidade muito maior de jogadores em um mesmo ambiente virtual. Surgia, assim, o conceito de MMORPGs ou Massive Multiplayer Online RPGs. Ressalta-se aqui a preferência dos autores em retirar o Massive de sua definição da forma uma vez que acreditam, com isso, englobar um espectro mais amplo de jogos que possam ser identificados com a mesma.

Essas quatro formas são apenas aquelas mais tradicionais identificadas pelos autores. Entretanto, assume-se a possibilidade de outras formas já existentes ou ainda por vir. Cada uma apresenta variações internas de acordo com suas mecânicas, dinâmicas e intenções buscadas e não se consolida enquanto sistema fechado.
É justamente essa flexibilidade e abrangência de abordagens do RPG que torna sua definição tão complicada. Segundo os autores (p. 47):

Toda comunidade local, forma ou estilo captura apenas um subconjunto dos fenômenos que as pessoas chamam de "role-playing games" e traz consigo algumas ideias normativas implícitas ou explícitas sobre o que torna um RPG "bom". Assim, as pessoas geralmente discordam sobre a definição de "role-playing games" porque geralmente elas só estão familiarizadas e/ou esteticamente preferem um subconjunto de formas, estilos e comunidades de RPG: "este não é um jogo de RPG" geralmente significa "isto não é algo com que eu esteja familiarizado em chamar e/ou gostar em RPGs".

Em uma tentativa de resolver o problema da definição do termo, adotou-se uma abordagem pragmática: enxergam-se as disciplinas científicas, teorias, conceitos e definições como ferramentas para a resolução de problemas humanos e mede-se sua validade por suas consequências práticas (HAACK, 2004 apud DETERDING; ZAGAL, 2018, p. 26). Não se trata de perguntar o que os RPGs são, mas o que podemos aprender com eles quando os enxergamos como algo particular (p. 48).
Todavia, a abordagem adotada pelos autores, embora eficiente, não colabora para a produção de um tesauro uma vez que esse requer uma colocação objetiva dos termos apresentados. Assim, adotamos como elementos definidores do RPG uma série de características largamente comuns a todas as formas previamente citadas:

- É uma atividade lúdica;
- São objetos que revolvem em torno de uma criação estruturada por regras e a representação de personagens em um universo ficcional;
- Jogadores criam, representam e governam as ações de personagens definindo e buscando seus objetivos com grande liberdade nas ações que podem almejar;
- O mundo do jogo, incluindo personagens não governados por jogadores individuais, é gerenciado por um mediador, humano ou eletrônico;

Não se pretende com isso negar a posição dos autores em sua abordagem pragmática. Trata-se apenas de uma objetificação para tornar o termo operável dentro dos parâmetros de um tesauro.

1.2 Tesauros


Quando se fala em tesauros, dois tipos destes podem ser reconhecidos, o primeiro deles, os tesauros de linguagem natural, que funcionam como dicionários de sinônimos, por relacionarem palavras de mesmo ou similar significado. A outra forma é a dos tesauros de linguagem documentária, que fazem algo semelhante, no entanto, relacionando termos de um vocabulário controlado, e as palavras se relacionam de outra maneira.
Os tesauros de linguagem documentária são ferramentas essenciais para uma representação temática efetiva de obras. Assim como todo vocabulário controlado ou léxico documentário, os tesauros limitam os termos para a indexação de maneira a tornar a recuperação de dados muito mais eficiente. A diferença entre este e as outras linguagens documentárias, em geral, é o fato dele permitir relações semânticas entre os termos que não ocorrem em outros formatos de léxico. De maneira simplificada estas relações se limitam a três tipos: relações de Equivalência, relações Hierárquicas e relações associativas.
As relações hierárquicas dentro de um tesauros criam um mapeamento conceitual, como uma taxidermia, entre os termos do tema em questão. Por esta razão, a produção de um tesauro envolve muitas questões teóricas, e estes, portanto, são normalmente produzidos, quando mais específicos, por pessoas ou equipes com certo conhecimento na área. E, portanto, como qualquer linguagem para indexação, idealmente os tesauros devem estar sempre se atualizando, de maneira a estar a par com a descrição temática de novas produções.
Quando aplicados os três tipos de relações sobre uma lista de termos, estes produzem uma teia semântica que permite que o usuário, através do acesso ao tesauro, navegue pelas categorias e termos relacionados, de maneira que além de promover uma facilidade na busca, o usuário pode, através das associações indicadas, reconhecer outros temas de seu interesse ou ainda um termo mais específico ou adequado do que aquele que tinha em mente em primeiro lugar.
A ideia de produzir um tesauro sobre RPG busca, portanto, pensar parâmetros para o desenvolvimento de uma terminologia adequada para atender a demanda já presente no mundo acadêmico por estudos sobre práticas deste tipo de Jogo, e, possivelmente, promover esta produção. Muitos destes trabalhos, de caráter interdisciplinar, tendem a, no momento da representação temática, ser definidos por termos inadequados ou muito gerais, de um ponto de vista especializado, dado o descaso dos vocabulários tradicionais com o tema. Situações como esta prejudicam uma recuperação efetiva para temas dentro deste universo, e acabam por dificultar a futura produção intelectual.

1.3 Metodologia


A seleção de termos não pode ser feita através da escolha de um glossário somente, visto que os poucos que existem em português tendem a ser voltados a termos mais específicos para um público inexperiente, que possa desconhecer algumas expressões ou termos. Usar uma destas listas seria tanto impróprio para formular o tesauro assim como divergente do objetivo de nosso trabalho de criar uma proposta de tesauro pertinente de modo a ser potencialmente útil a alguma produção acadêmica em torno do assunto. Por tais razões a lista de termos utilizada engloba mais de um vocabulário, também com contribuições de glossários feitos em língua inglesa, além de alguns termos adicionados para estruturar algumas decisões conceituais, necessariamente sectárias.
Tais decisões específicas foram embasadas em certos autores, como Deterding e Zagal, de maneira que reconhecemos que se faz necessário indicar no trabalho esta parcialidade. De qualquer maneira, fora esta pequena escolha (se comparada à total extensão e peso semântico do tesauro) as decisões se fizeram com o objetivo primo de ser uma estrutura sólida para facilitar a indexação e evitar indeterminações, ambiguidades e incoerências. Para tal, nos utilizamos das “Diretrizes para o estabelecimento e desenvolvimento de Tesauros Monolíngues”, de Austin e Dale (1993) sendo esta, portanto, nossa principal obra de referência no âmbito estrutural do trabalho.
Mantivemos também um esforço para seguir duas diretrizes próprias, estabelecidas no início do trabalho:
- Os termos preferenciais serão selecionados de acordo com o uso comum e difundido pela comunidade brasileira de RPG, independente de se tratar de idioma estrangeiro ou sigla. Remissivas serão aplicadas quando necessárias. - O uso de nomes próprios (entidades, produtos ou lugares) deve ser evitado a menos que se considere essencial a evidência de tal elemento.

A primeira delas reforça a ideia de um tesauro brasileiro de RPG que servisse o melhor possível à comunidade e cultura consolidada no Brasil. Já a segunda foi feita principalmente com o objetivo de manter o tesauro em um nível conceitual, de maneira que não ocorresse qualquer juízo de valor dentre os diferentes produtos ou entidades, visto que de maneira alguma conseguiríamos produzir alguma forma de exaustividade no que lhes refere.



2 RELATÓRIO ESTRUTURAL


1. Jogo
            Objetos de jogo
                   Objeto analógico
                   Objeto digital
                          Virtual Tabletop
            Relações no jogo
                   Relação competitiva
                   Relação colaborativa
2. RPG
CRPG
larp
MORPG
RPG de mesa
3. Participantes
           Jogador
                 Advogado de regras
           Mestre
           RPGista
4. Elementos Estruturais
           Cenário
           Personagem
           Sistema
                  Regra da casa
5. Eventos
           Aventura
              One-shot
          Campanha
          Sessão
6. Game design
          Hack
          Indie
          Old School
7. Mecânicas
          Sistemas de representação
                  Diorama
                  Ficha de personagem
                  Mapa em grid
                  Mapa em hexágono
                  Miniatura
                  Sistema de classes
                  Sistema de níveis
                  Sistema de pontos
           Sistemas de resolução
                  Cartas
                  Dados
                          Dados expansivos
                          Role e mantenha
                   Fichas
                   Regra de ouro
                   Rodada
                   Sem dados
                   Teste
                   Turno

3 RELATÓRIO ALFABÉTICO


Definição dos códigos
ING Tradução do termo para o Inglês
TG Termo Geral (Indica o termo maior na relação hierárquica)
TE Termo Específico (Indica o termo menor na relação hierárquica)
TR Termo Relacionado
UP Use Para (Precede o Termo Não Preferido)
USE USE (Precede o Termo Preferido)

Advogado de regras
Jogador que tem uma boa compreensão do Sistema de regras e frequentemente interrompe o jogo para questionar aspectos do mesmo. Normalmente, o termo é empregado em tom pejorativo de deboche assumindo que esse jogador estraga a diversão do resto do grupo.
ING
Rules lawyer
TG
Jogador
TR
Sistema

Aventura
Compreende determinado arco narrativo bem definido com início, meio e fim. Pode ser jogada em uma única sessão (One-shot) ou ao longo de múltiplas sessões (Campanha).
ING
Adventure
TG
Eventos
TR
Campanha

One-shot

Sessão

Campanha
Sucessão de sessões e/ou aventuras em que os personagens dos jogadores evoluem em determinada narrativa.
ING
Campaign
TG
Eventos
TR
Aventura

Sessão

Cartas

TG
Sistemas de resolução

Cenário
O mundo ficcional onde se passa a história sendo narrada. Pode se tratar de um cenário pré-concebido como a Terra-Média de “O Senhor dos Anéis” e o mundo de exploração espacial de “Jornadas nas Estrelas” ou um mundo criado especificamente para o jogo pelo Mestre ou pelo grupo coletivamente.
ING
Setting
TG
Elementos estruturais

Classes, Sistema de

TG
Sistemas de representação

CRPG
Sigla para Computer Role-Playing Game, compreende jogos eletrônicos de experiência por uma única pessoa. Entende-se o computador como qualquer dispositivo eletrônico capaz de executar a as aplicações necessárias ao jogo, incluindo aí videogames e dispositivos móveis. Tem como um de seus pontos principais a figura da máquina como elemento mediador entre participante e mundo ficcional. Para maiores detalhes, ver 1.1.
TG
RPG
TR
Objeto digital

Dados
Elemento tradicional dos jogos de RPG de mesa, os dados são objetos poliédricos com números nas faces que são lançados e têm seu valor avaliado contra algum outro elemento do sistema de regras adotado. De acordo com o sistema vigente, valores maiores ou menores determinarão o sucesso ou fracasso das ações dos personagens. Ao contrário de jogos mais tradicionais que utilizam apenas o dado de seis faces cúbico, os jogos de RPG adotaram dados poliédricos de múltiplas faces. É comum se utilizar a notação XdY onde X é a quantidade de dados e Y o tipo de dado identificado pelo seu número de faces. Ex.: rolar 3d4 significa lançar três dados de quatro faces.
TG
Sistemas de resolução
TE
Dados expansivos

Role e mantenha

Dados expansivos

TG
Dados

Diorama

TG
Sistemas de representação

Dungeon Master (DM)
USE
Mestre

Elementos estruturais
São elementos ontológicos dos jogos de RPG.
TE
Cenário

Personagem

Sistema

Eventos
São elementos que estabelecem uma relação temporal do jogo.
TE
Aventura

Campanha

Sessão



Ficha de personagem
Planilha onde são anotadas informações a respeito do personagem. As informações podem ser tanto quantitativas/probabilísticas quanto conceituais/narrativas, variando de acordo com o Sistema adotado.
ING
Character sheet
TG
Sistemas de representação
TR
Personagem

Sistema

Fichas

TG
Sistemas de resolução

Game design

TE
Hack

Indie

Old school

Game Master (GM)
USE
Mestre

Hack

TG
Game design

Indie

TG
Game design


Jogador
De forma abrangente, define-se como aquele que joga. Contudo, particularmente no universo dos RPGs de mesa, convencionou-se dividir os participantes em Mestre e Jogadores onde os Jogadores são todos aqueles que não são Mestres.
ING
Player
TG
Participantes
TE
Advogado de regras
TR
Mestre

Personagem

Jogo

TE
Objetos de jogo

Relações no jogo

Jogo de Interpretação de papéis
USE
RPG

larp
Originalmente, utilizava-se a sigla LARP para Live-Action Role-Playing. Trata-se de uma forma de RPG onde as ações dos jogadores não são meramente anunciadas verbalmente mas também fisicalizadas dentro dos limites da segurança e do bom senso. Os participantes, em geral, prezam essa forma por seu potencial imersivo decorrente da possibilidade de execução das ações. Costumam contar com uma quantidade maior de jogadores que os RPGs de mesa. Com o passar do tempo, assumiu-se o termo larp não mais como sigla, mas como substantivo imbuído de propriedades. Decorre daí seu uso em letras minúsculas.
UP
LARP

Live-Action Role-Playing
TG
RPG

LARP
USE
larp

Live-Action Role-Playing
USE
larp

Mapa em grid

TG
Sistemas de representação

Mapa em hexágono

TG
Sistemas de representação

Massive Multiplayer Online RPG
USE
MORPG

Mecânicas
Elementos do sistema de regras do jogo que definem sua abordagem e interferem sobre a dinâmica.
TE
Sistemas de representação

Sistemas de resolução
TR
Sistema

Mediador
USE
Mestre

Mestre
Um dos participantes nos jogos de RPG analógicos que assume a função de mediador entre os outros participantes (Jogadores) e o mundo ficcional. É sua a responsabilidade de organizar e gerenciar o jogo, representar todos os personagens não pertencentes aos outros jogadores e narrar os acontecimentos dentro do mundo do jogo. Apesar de função diferenciada, não assume papel antagônico aos outros jogadores. É mais comum em RPGs de mesa embora a sua presença possa ser percebida em outras formas com outros nomes.
UP
Dungeon Master (DM)

Game Master (GM)

Mediador

Mestre de Jogo (ING Game Master)

Narrador
TG
Participantes
TR
Jogador

Mestre de Jogo
ING
Game Master (GM)
USE
Mestre

Miniatura
Alguns títulos pressupõem sua utilização, outros apenas utilizam como elemento acessório, miniaturas são pequenas representações tridimensionais de objetos do mundo ficcional. Além de facilitar a visualização do objeto esteticamente, há o aspecto prático de se estabelecer relações espaciais entre diferentes objetos, principalmente quando utilizadas em consonância com dioramas.
TG
Sistemas de representação

MMO
USE
MORPG

MMORPG
USE
MORPG

MORPG
Sigla para Multiplayer Online RPG, MORPG é uma forma de RPG digital que pressupõe conectividade entre jogadores que frequentam um mesmo mundo ficcional. Para maiores detalhes, ver 1.1.
UP
Massive Multiplayer Online RPG

MMO

MMORPG

Multiplayer Online RPG
TG
RPG
TR
Objeto digital

Multiplayer Online RPG
USE
MORPG

Narrador
USE
Mestre

Níveis, Sistema de

TG
Sistemas de representação

Objetos de jogo
Categoria que indica o tipo de suporte quanto à relação analógico/digital.
TG
Jogos
TE
Objetos analógicos

Objetos digitais

Objeto analógico

TG
Objetos de jogo

Objeto digital

TG
Objetos de jogo
TE
Virtual tabletop

Old school

TG
Game design

One-shot
Aventura desenvolvida para ser finalizada em uma única sessão.
TG
Aventura
TR
Sessão

Participantes
São as pessoas que participam do jogo podendo assumir diferentes papéis dentro da dinâmica.
TE
Jogador

Mestre

Personagem
Entidade fictícia existente dentro do mundo do jogo. Pode ser encarado como uma espécie de avatar do Jogador dentro da realidade virtual que se instaura no jogo. Tradicionalmente, cada Jogador adota um único Personagem enquanto o Mestre (ou Mediador) representa todos os outros. Geralmente é definido tanto conceitualmente quanto sistemicamente onde tem suas características modeladas de forma probabilístico/quantitativas. Essas informações são então anotadas na Ficha de personagem.
ING
Character
TG
Elementos estruturais
TR
Ficha de personagem

Jogador

Pontos, Sistema de

TG
Sistemas de representação

Regra da casa
Regra que foge do Sistema previamente adotado e convencionado por um grupo para determinado jogo.
ING
House rules
TG
Sistema

Regra de ouro
Em jogos que utilizam a figura do Mestre, a Regra de ouro diz que a palavra final sobre qualquer decisão é dele, sobrepondo qualquer regra apontada pelo Sistema. Num primeiro momento, pode ser visto como uma atitude ditatorial. Porém, pressupõe o bom senso e a lógica de que a relação Jogador/Mestre não é antagônica, mas trabalham juntos para a construção de uma narrativa coletiva.
TG
Sistemas de resolução
TR
Sistema

Relações no jogo

TG
Jogos
TE
Relação competitiva

Relação cooperativa

Relação competitiva

TG
Relações no jogo

Relação cooperativa

TG
Relações no jogo

Sistemas de representação
Englobam elementos mecânicos que procuram representar seja materialmente, seja de forma quantitativa/probabilística os elementos do universo ficcional.
TG
Mecânicas
TE
Classes, Sistema de

Diorama

Ficha de personagem

Mapa em grid

Mapa em hexágono

Miniatura

Níveis, Sistema de

Pontos, Sistema

Sistemas de resolução
Englobam elementos mecânicos que têm por objetivo a resolução de conflitos de interesses ou determinação de sucesso das ações dos personagens.
TG
Mecânicas
TE
Cartas

Dados

Fichas

Regra de ouro

Rodada

Sem dados

Teste

Turno

Rodada

TG
Sistemas de resolução

Role e mantenha

TG
Dados

Role Playing Game
USE
RPG

Role-Playing Game
USE
RPG

Roleplaying Game
USE
RPG

RPG
Sigla para Role-Playing Game. É uma modalidade de jogo em que, dado um conjunto pré-estabelecido de regras, mas ainda com certo grau de liberdade, os participantes criam e representam personagens em um universo ficcional. Ao contrário de outros países, no Brasil não adotou-se uma tradução do termo e os jogadores referem-se ao jogo pela sigla em língua inglesa. Para maiores detalhes, ver 1.1.
UP
Jogo de interpretação de papéis

Role Playing Game

Role-Playing Game

Roleplaying Game
TE
CRPG

Larp

MORPG

RPG de mesa

RPG de mesa
Considerada a primeira manifestação dos jogos de RPG, nessa forma os participantes relacionam-se verbalmente de forma a desenvolverem a narrativa de seus personagens em um mundo ficcional. Seu nome decorre do fato dos participantes tradicionalmente se sentarem em volta de mesas onde possam apoiar os materiais acessórios (papel, lápis, miniaturas, dados etc.). Atualmente, encontram-se bastante desenvolvidas as plataformas digitais conhecidas como VTTs – Virtual Tabletops que emulam, remota e eletronicamente, a experiência do RPG de mesa, nublando a divisão entre analógico e digital.
ING
Tabletop RPG
UP
TRPG
TG
RPG
TR
Objeto analógico

Virtual Tabletop


RPGista
Termo em desuso usado para designar jogadores de RPG. Contudo, à época em que se utilizava esta expressão, o termo RPG ainda era somente associado ao RPG de mesa.
TG
Participantes

Sem dados

TG
Sistemas de resolução

Sessão
Período de tempo em que jogadores se encontram (presencial ou virtualmente) para jogar.
TG
Eventos
TR
Aventura

Campanha

One-Shot

Sistema
Conjunto de regras adotado para determinado jogo. A complexidade e características de determinado sistema influem no tipo de abordagem que se pretende dar ao jogo como algo mais narrativista, simulacionista etc.
ING
System
TG
Elementos estruturais
TR
Advogado de regras

Mecânicas

Teste
Processo em que se utiliza algum elemento de aleatoriedade para, dentro do Sistema de regras adotado, determinar o sucesso ou falha da ação de personagens dentro do mundo ficcional.
ING
Check
TG
Sistemas de resolução


TRPG
USE
RPG de mesa

Turno

TG
Sistemas de resolução

Virtual tabletop
Software desenvolvido para simular no computador as ferramentas e acessórios utilizados nos jogos de RPG de mesa. Normalmente, permite a conexão remota dos jogadores e tem ferramentas como roladores de dados, fichas de personagem automatizadas e tabuleiros virtuais.
UP
VTT
TG
Objetos digitais
TR
RPG de mesa

VTT
USE
Virtual tabletop


REFERÊNCIAS

CIECHANOWSKI, Walt. Gnomenclature: a diminutive RPG glossary. GNOME STEW: The Gaming Blog. Disponível em: <https://gnomestew.com/game-mastering/tools-for-gms/gnomenclature-a-diminutive-rpg-glossary>. Acesso em: 23 nov 2018.

DETERDING, Sebastian; ZAGAL, José P. Role-Playing Game Studies: transmedia foundations. New York: Routledge, 2018.

KASTENSMIDT, Christopher. A bandeira do elefante e da arara: livro de interpretação de papéis. São Paulo: Devir Livraria, 2017.

LIBERTY, Sam. What Are Role Playing Games Even? How are they that? Site Medium <https://medium.com>, 15 dez. 2017. Disponível em: <https://medium.com/@SA_Liberty/what-are-role-playing-games-even-how-are-they-that-50071c5552e2>. Acesso em: 06 nov. 2018.

RPGGeek. Portal com banco de dados de materiais relacionados a jogos de RPG. Disponível em: <https://rpggeek.com>. Acesso em: 06 nov. 2018.


1 As expressões são livres traduções. Em particular, o termo “diversão” é passível de grande discussão uma vez que o termo original, play, pode assumir uma grande quantidade de sentidos na tradução para o português.

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